"Tales by light" e o poder das fotografias




Minha paixão pela fotografia veio durante a faculdade. Nas aulas éramos apresentados para alguns fotógrafos sociais, fotojornalistas, de moda e muitos outros. Com o tempo, cultivei uma paixão pela fotografia social e o fotojornalismo e a forma única que essas duas têm de mostrar várias facetas do ser humano. Quando a Netflix lançou a série Tales By Light vi ali uma oportunidade de conhecer novos fotógrafos e entender o seu processo criativo em campo. 

Apesar de a série já ter três temporadas, estou aqui para falar em especial de dois episódios da terceira, um e dois. Acompanhamos o fotógrafo Simon Lister em uma viagem à Bangladesh junto com a UNICEF com o propósito de fotografar crianças em situação de risco. Quando eu e meu namorado escolhemos esse episódio para ver, lembro de ter virado pra ele e falado “não posso com crianças, acho que vou chorar muito.” Com apenas cinco minutos de episódio tivemos que pausar pois já chorávamos tanto que não conseguimos acompanhar. 

A proposta de fotografar crianças vai um tanto além quando Simon resolve fotografá-las trabalhando em minas, fábricas de bexiga e alumínio. As fotos dele têm uma força arrebatadora que junto com a fotografia das filmagens me deixou sem fôlego. Ao acompanhar a história de algumas crianças, podemos ver o fotógrafo se mostrando inabalável ao lado de um Orlando Bloom completamente arrasado. 

As filmagens das vidas daquelas crianças me deixou com um sentimento de incapacidade enorme. Eu só conseguia pensar que elas não tinham culpa de nada daquilo, não mereciam nada daquilo e que deveriam estar vivendo sua infância. É destruidor saber que isso não acontece apenas na Índia, mas também dos nossos lados. 

Acabei por questionar o papel do fotógrafo neste ambiente. Deve-se interferir ou não? Uma eterna pergunta sem resposta. Porém, para Simon o que o conforta é saber que suas fotos vão para o mundo e poderão ajudar a salvar essas crianças. Dentro de mim, ainda não encontrei conforto para essa situação. Sempre penso que deveríamos fazer mais, muito mais. Vale muito pesquisar o trabalho do fotógrafo e se impressionar com suas imagens.

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